Lanço meus
passos
na rua escura.
No tropel de
horas
mortas
a lua madura
de tempestades
despeja
minha sombra
nas laterais
de prédios
blindados.
Não vejo onde
piso,
não sigo as
placas,
semáforos,
pedras
portuguesas.
Vestido de
amnésia,
chapéu borsalino,
bolsa a tiracolo
repleta de
originais rejeitados,
espero um
assassino
em cada esquina.
Espera e trajeto
totalmente inúteis,
minha sombra,
faca de caça bem
alta,
prova viva de
minha suspeita
- sou homicida sem
substituto.
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