segunda-feira, 7 de abril de 2014

A matéria escura do poema

 


Ousar a palavra
o voo de pássaro,
asas atravessadas
de luz.
Penas e sílabas
aéreas,
risco de êxtase
e queda.
Não há viagem
sem quimera.

Ousar o ar
rarefeito
raro
canto
incompleto
fôlego
fora do limite

Palavra
solta
voa
salta sempre além
gira
vige
respira
mesmo onde o ar
termina.


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