I
Camaleão imóvel
escreve eternidade
no muro em ruínas.
II
No céu de setembro
se abre um perfume. Estrela,
gêmea de flor.
III
No muro pichado
preguiçosa lagartixa
espicha o rabo.
IV
Calor e formigas.
Colar no círculo escuro
cantos de água clara.
V
Neblina espalha
blindagem na mata virgem.
O sol traz a chave.
VI
Vulto sem asas
o uirapuru de plástico
e pilha. Pilhagem.
VII
Rasura nas nuvens
o sol. Um sorriso imenso
lava-se na chuva.
VIII
De gala o azul
no céu, anjos e azulejos
amanhecem luz.
IX
Flor de hibisco, rosa
à sombra de muro âmbar,
inflama a manhã.
X
Um sol tangerina
faca de brasas em casca
corta gomo a gomo.
XI
O cravo e a rosa
porfiam. Aromas farpados
ferem a poesia.
XII
A lua alta e nua
anula as sombras - no céu
gira luz redonda.
Camaleão imóvel
escreve eternidade
no muro em ruínas.
II
No céu de setembro
se abre um perfume. Estrela,
gêmea de flor.
III
No muro pichado
preguiçosa lagartixa
espicha o rabo.
IV
Calor e formigas.
Colar no círculo escuro
cantos de água clara.
V
Neblina espalha
blindagem na mata virgem.
O sol traz a chave.
VI
Vulto sem asas
o uirapuru de plástico
e pilha. Pilhagem.
VII
Rasura nas nuvens
o sol. Um sorriso imenso
lava-se na chuva.
VIII
De gala o azul
no céu, anjos e azulejos
amanhecem luz.
IX
Flor de hibisco, rosa
à sombra de muro âmbar,
inflama a manhã.
X
Um sol tangerina
faca de brasas em casca
corta gomo a gomo.
XI
O cravo e a rosa
porfiam. Aromas farpados
ferem a poesia.
XII
A lua alta e nua
anula as sombras - no céu
gira luz redonda.
Nenhum comentário:
Postar um comentário