quarta-feira, 16 de maio de 2012

Dissipação

Adriana Varejão


   



















   José Antônio Cavalcanti


O que me foge é o que me falta:
o desfazer-se dos disfarces
da face falsa,
a ferocidade de pêndulos
e espelhos,
a fuga de bússolas
e mapas imaginários.

Esvaimento e vento,
meu pensamento.
Opacidade e anacronia,
minha poesia.

4 comentários:

  1. Você me faz ler várias vezes seus poemas e a cada releitura uma interpretação, sabendo que nenhuma se iguala a do autor. Pura filosofia de vida!
    Abraço, Célia.

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  2. Eu me dissipo por todos os lados como o ar nos alvéolos pulmonares. O meu vento é interno, o meu tempo é irônico.
    Se sou opaco e não uso bússolas é porque pintei em azulejos mapas que dão volta ao mundo. Amei esta dissipação poética.

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  3. No sé si entiendas mi idioma, pero me gusta la manera singular en que escribes poesía, saludos...

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  4. Cecilia, no te preocupes, me encanta su idioma. En mi otro blog, Poemargens, hay muchos poetas que escribieron en español. Agradecido por sus palabras y de la visita.

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